Concebido, dirigido e coreografado por Sandro Borelli, Gárgulas é um espetáculo cênico contemporâneo que combina as linguagens do teatro e da dança focalizando a figura humana e sua essência: o corpo nu, despojado, solitário, do nascimento à morte.
Gárgulas se inspira na obra do produzida pelo pintor Lucian Freud, neto de Sigmund Freud, criador da psicanálise. É considerado o maior e único pintor realista da Inglaterra do século XX e o mais expressivo pintor da figura humana ainda vivo.
Os horrores da segunda guerra influenciaram marcantemente seu trabalho criativo, em suas telas quase sempre há a busca incessante em retratar a ruína diária do ser humano. Saltam de suas telas figuras patéticas, grotescas, doentias pela obesidade ressaltando a angústia, a solidão e o flagelo existencial que o homem moderno impõe a si próprio.
Em Gárgulas o que interessa é dilaceração física e moral. O erótico surge potencializado pela morbidez em detrimento do psicológico.
Assume-se assim a busca por uma imagem nua e crua da figura humana sem glamour tendo a morte como companheira vital e necessária para a sua libertação.
“O que interessa em Gárgulas é a transcendência, levar o foco à descoberta da intrigante beleza contida no grotesco do corpo quase morto.”
Estreia no Teatro da Cultura Inglesa em SP. Criação Premiado pelo 8º Cultura Inglesa Festival.
Ficha Técnica
Direção e coreografia: Sandro Borelli
Elenco Original: Kátia Rozato, Marcos Sushara, Renata Aspesi, Roberto Alencar e Vanessa Macedo
Luz: Domingos Quintiliano
Figurino: Elenco
Trilha: Gustavo Domingues