Produto Perecível Laico

O espetáculo Produto Perecível Laico concebido e dirigido por Sandro Borelli abriga a poética do catarinense Cruz e Souza, considerado o mestre do simbolismo brasileiro. Por ser negro o poeta não obteve reconhecimento em vida, sofrendo duras humilhações e perseguições raciais. Faleceu no ano de 1898, aos 36 anos de idade, vítima da tuberculose, da pobreza e, principalmente, do racismo e da incompreensão.

Sua obra só foi reconhecida muitos anos após a sua morte. Sua poesia fala da finitude, da dureza de conviver com a angústia da perda, da solidão e da noite. Em cena não há personagens, mas sentimentos, signos e dor contidos nos corpos que se movimentam no palco, buscando evocar no ambiente cênico, a sensação de um grito sufocado, doloroso e amargurado.

Em cena não há personagens, mas sentimentos, signos e dores contidos nos corpos que transitam no ambiente cênico, buscando evocar, a sensação do grito sufocado, doloroso e amargurado. Dentro dessa proposta, produz resultados estéticos em que a certeza é substituída pela recusa de soluções lineares, transformando o gesto e o movimento não em narrativas, mas em signos estruturalmente prisioneiros da ambiguidade. Uma trágica e alucinada dança dos que morrem…

Estreia em 2 de dezembro de 2011, no Kasulo Espaço de Cultura e arte – São Paulo/SP.

Ficha Técnica
Intérpretes: Alex Merino, Danilo Firmo, Felipe Guedes, Maíra Barbosa, Mariana Molinos, Mariana Gomes, Alice Vasconcelos e Maurício Brugnolo
Direção Geral, Concepção e Coreografia: Sandro Borelli 
Trilha sonora: Gustavo Domingues 
Luz: André Prado 
Cenografia e Figurino: O Grupo
Preparação Corporal: Vanessa Macedo e Lourenço Homem
Produção Geral: Cristiane Klein

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